Monday, December 26, 2005

Ser ou não ser...

Pois é , esta é uma daquelas questões que todos nós pensamos, nas nossas virtudes, nos nossos defeitos, no que gostariamos de ser ou ter sido, enfim nestas variantes tão próprias do ser humano e que nos fazem ver que afinal sermos todos diferentes é optimo senão imaginem, o que seria sairmos á rua e estarmos todos vestidos de cinzento, tipo Orwell no 1984, ou pensarmos sempre da mesma forma, etc.Claro que a tambem haveria vantagens nisso , por exemplo poderiamos sempre chegar ao pé da Diana Chaves, ou da Cicarelli e dizermos :- "mas porquê ele e não eu se somos iguais ?" É bem visto convenhamos.
Mas nada como o concavo e o convexo para uma relaçao resultar, claro nas devidas proporções , como tudo na vida aliás, porque, apesar do que o Lavoisier diz as coisas perdem-se e mts nunca se transformam. Enfim modernices...
Isto serve para colocar aqui um pensamento meu exactamente sobre...mim, não, não é narcisismo é mesmo só expor-me um pouco para aquelas/es que gostam do que eu escrevo (muito obrigado, mas eu compreendo que é porque a programação da t.v. é um horror e por isso acabam por vir ler isto )e que ainda não perceberam muito bem como eu funciono (olhem nem eu ).

SER OU NÃO...

DEI POR MIM A PENSAR...
O QUE EU NÃO SABIA NA ALTURA
GOSTARIA DE NÃO SABER AGORA
GOSTARIA DE CONTINUAR A PENSAR A AZUL
E PORQUE NÃO A ROSA TAMBÉM
NÃO BASTA ÁS VEZES QUERER...
NÃO BASTA ÁS VEZES SONHAR...
NÃO BASTA MUITAS VEZES AMAR...
SER COMO SOU
FOI UMA DAS COISAS QUE NÃO PUDE ESCOLHER
PARA O BEM E PARA O MAL
E ONDE ACABA UM PARA COMEÇAR O OUTRO ?
MAS SOU...
E SENDO...
ASSUMO O QUE SOU SEM PENSAR QUE GOSTARIA DE
SER OUTRA PESSOA...
MESMO QUE ELA FOSSE...
O QUE EU NÃO SOU
E TALVEZ...
GOSTASSE DE SER

É obvio que não é dedicado a ninguém em particular

Wednesday, December 21, 2005

Se eu soubesse ...

Dizia ela para a amiga no café, café esse que ela frequentava já à mais de trinta anos, exactamente o tempo que durava o seu casamento...e dizia olhando para o fundo da chavena de chá que nestes dias frios de Dezembro, bebia muito quente, como se fosse o chá a substancia mágica que lhe aquecia não só o corpo mas principalmente a alma...-Sabes Paula, se eu soubesse o que sei hoje ..., Então ? Perguntava a Paula,...- Oh! Deixa lá agora com 60 anos já não vou a tempo de nada, estava só a pensar com os meus botões...,Mas que se passa amiga ? perguntava a Paula...- Tempos houve em que tive a oportunidade de mudar a minha vida mas não fui capaz, e agora resta-me pensar no que ela teria sido se tivesse dado o tal passo.

É exactamente sobre o tão famoso "SE" que quero deixar umas linhas...Na realidade todos nós, eu e quem ler este artigo já nos deparámos com esta situação,alguem amigo, familiar,estranho num bar etc, e todos nós (incluindo eu ) pensámos que se fossemos nós as coisas seriam diferentes, mas ...uns têm razão em pensar dessa forma porque agiram dessa forma (como eu ) outros...não tiveram a coragem necessária para o fazer.
Dirão alguns..."ah mas as situações não são todas iguais", lógico que não mas uma coisa é sempre necessária, porque sem isso não se faz nada...CORAGEM PARA...
Á pois é, mas ok uns têm outros não, e descansem os que não têm, porque o facto de não terem ou nao terem tido não vos faz inferiores aos outros, até porque dirão que "outras vozes se levantam" quando têm, tinham, de fazer uma opçaõ de vida. A questão aqui é o que faz com que valha a pena sacrificar uma vida inteira sem ter a oportunidade de tentar ser feliz , ou no minimo de tentar ser feliz da forma que se quer e nao da forma como a vida lhe impoe essa pseuda-ou-relativa-felicidade. Se uns/umas olharem pura e simplesmente para o lado material da coisa dirão :...-Tenho uma boa casa um bom carro o meu marido/mulher ganha optimamente bem ,ou seja a minha situação é boa não vou mandar tudo isto ás malvas só porque as minhas crises existenciais são cada vez maiores em menores espaços de tempo...Se acrescentarmos a isto um filho ou mais, então o cenário fica completo e lindo de se ver, tudo o que passar para além do que se possa ter na realidade é recalcado e possivelmente lembrado de tempos a tempos, principalmente quando se depararem com alguem que teve a coragem de mandar exactamente ás mesmas malvas "aquilo" que não se teve a coragem de mandar em tempos.
Tudo em nome de uma vivencia sã e de um crescimento saudavel do/s filho/s.
Se por outro lado se olhar para o lado espiritual não faltarão defensores da teoria que já se está tão habituado a uma pessoa ,namorado/a, marido/mulher, que é um risco , apesar de não se sentirem preenchidos, que é um risco mandar tudo outra vez ás malvas (note-se que as malvas até nem têm culpa nenhuma disto )porque a seguir pode-se apanhar alguém ainda pior do que se já tem...Pois...realmente é verdade...é melhor ficar no mesmo sitio porque se pode ser atropelado, ou nao comer uma sandes de fiambre porque podemos ficar engasgados, ou nao apanhar chuva porque ainda apanhamos uma pneumonia fulminante, ou apanhar sol , ou saltar, ou correr,...sinceramente!!! É preferivel chegar a uma altura na vida e pensar no que poderia essa mesma vida ter sido e em tempo util e nao se ter arriscado um milimetro ??? É preferivel acomodarem-se a uma vida semi-preenchida e pseudo-feliz só porque podem apanhar alguém pior ?? Ou porque se tem filhos ??
Life is too short ouve-se muitas vezes e, geralmente,quando estamos num bar onde esse lubrificante social chamado alcool que deixa os homens mais corajosos e as mulheres mais desinibidas aparece, este tipo de conversa acontece umas vezes de forma fútil outras de forma angustiante,e os resultados são infelizmente uma ou duas pastilhas de gurosan para o corpo no dia seguinte, porque a alma...essa está ferida, fechada e perdida no tempo.
Pensem nisto.
Continua a não ser dedicado a alguém em particular

Saturday, December 17, 2005

Homem Objecto ?

Imaginemos um cenàrio deste genero : diz ela para ele- ...o que eu estou a sentir por ti está a assustar-me. diz ele-..como assim ?. diz ela-...acho que estou a apaixonar-me por ti e isso..., diz ele-...e isso ?.diz ela-...e isso assusta-me porque não estou preparada para ter uma relação séria. ele já não diz nada.
Ora bem por muito marialva que eu possa parecer, e não sou, parece que estamos a ver o filme ao contrário, sim porque até á relativamente poucos anos esta "estória" era contada com os sexos ao contrario. Estaram as feministas nesta altura a dizerem , que não, que sempre assumiram de forma expontanea e directa as suas preferencias, mas não as suas prioridades como agora. Hoje em dia a mulher moderna vive de certeza uma luta terrivél com ela própria, acho que nao queria estar na pele delas felizmente que sou homem, essa luta resume-se em saber ou pensar (sim apesar de tudo elas pensam) que pós-graduação devem tirar a seguir e porque razão não acertam no namorado que tanto anseiam.
Á 1ª questão nao faço a minima ideia do que pretendem, quanto á 2ª aí sim tenho algo a dizer : Homem Objecto - faz sentido em pleno século XXI ? Claro que faz, a mulher anseia por um companheiro, amigo, prestável, companheiro, bom amante, que a surpreenda,que a oiça,já agora que cozinhe, que não leia só o record ou a bola,com bom emprego, bom carro, boa casa, bom cão, bom gato ... enfim, quando o têm : que chato manda-me msg de manha , a tarde, á noite, q chatice esta semana já é a segunda vez que me manda rosas,-olha (diz ela ) este fim de semana vou sair com a paty e a vany programa de mulheres tás a ver ? e talvez na segunda tenha um jantar na empresa por isso se calhar lá para 5ª feira jantemos juntos , porque terça e quarta é para descansar do fim de semana e do jantar na 2ª. ah e não fiques de cara porque estamos no secXXI e é normalissimo isto acontecer a uma mulher. ok.
Nós ficamos á espera. Isto claro sem falar que quando estão á muito tempo sós é porque estão á muito tempo sós e quando estão á pouco tempo sós é porque estão á pouco tempo sós, ou seja, o discurso seria igual ao do cenário do inicio do texto com uma pitada de sal e pimenta que seria tipo :-estou a apaixonar-me por ti mas a minha separação é muito recente e não estou preparada para assumir nada..., ou então também pode ser do tipo :- estou a apaixonar-me por ti mas a minha ultima relaçao já foi á tanto tempo que já nao sei lidar com isto...,.
Quer numa ou outra quem se lixa é quem ? Á pois é somos nós os Homens Objecto, mas se questionarmos as amigas para uma resposta ao porquê de tão importante decisão (ou seja queremos uma boa satisfaçao para a nossa dor de cotovelo )poderemos ainda levar com-...olha ela se calhar não se quer magoar no futuro por isso é melhor cortar o mal pela raiz...-boa, quer dizer para nao se magoar no futuro nada como magoar já no presente. Tudo em nome de uma vivência sã, porque problemas já elas têm que chegue, não precisam de mais nenhum, mesmo que nunca venha a ser um problema e talvez uma ajuda para os problemas delas. Dizia-me uma amiga que a minha equação dos estereotipos actuais nos homens e mulheres que são :-eles -corpo escultural/Q.I.-0 versus elas carreira-independencia/Emoçoes- 0 , era uma equação muito castradora, bem vistas as coisas até tem razao , mas , o ditado- só não se sente quem naõ é filho de boa gente adaptado a ...Só não se sente quem nunca foi Homem Objecto acaba por dar razão á dita equação porque a equação completa-se , eles foram feitos um para o outro já repararam ? nada melhor para uma mulher dessas que um homem fabuloso desses , one night stand man , traduzido para português-uma queca e vai-te embora, é claro que os seres mais pensantes ficam em desvantagem , não pela queca em si, mas porque ao irem vão a pensar.
um resto de boa noite
Ah não é dedicado a ninguem em especial

Pudesse eu

"Pudesse eu"
Pudesse eu, sentir a cor do Amor
Pudesse eu, sorrir sentindo
Pudesse eu, escravo do seu esplendor
Voltar a viver este sonho lindo
Pudesse eu, percorrer este caminho
Pudesse eu, deixar-me encontrar
Pudesse eu, envolver-me no seu carinho
Não quero deste sono acordar
Pudesse eu, evitar esta dor
Que de sangue em mim se fez
Pudesse eu, sarar com teu amor
Minhas feridas outra vez
Pudesse eu,voltar a escrever
Para nestas linhas explicar
Este veneno que alimenta a dor
Estranha forma de amar