Saturday, August 30, 2008

ERA UMA VEZ

Era uma vez…

Para quem acha que sou muito critico e que a minha escrita intimida de certa forma quem lê, sem falar em quem acha que trato mal as mulheres e todo esse blá blá sufragista (estive bem lol) tão típico, tão ao jeito de uma qualquer Millicent Fawcett dos nossos tempos (minhas queridas vão pesquisar quem é a sra.), desta vez vou ser mais soft, mais light até bem mais infantil e inocente, vou escrever um conto do género do Anderson ou dos irmãos Grimm (ide outra vez pesquisar ide).
Qualquer conto que se preze começa invariavelmente com a célebre frase…Era uma vez…
Era uma vez um grupo de amigos que depois de uma jantarada resolveu ir dar uma vista de “olhos” a uma discoteca famosa na capital, e como qualquer grupo de amigos que se preze existem sempre dentro dos grupos diferentes personalidades e géneros, existe sempre o espalha brasas que não se cala um minuto e faz as despesas da festa, existe o calado que é ao fim ao cabo o que mais se “alimenta”, existe o choninhas que é o bombo da festa mas não liga porque são amigos e tal (sim já sei que é preciso haver choninhas) e existe sempre o garanhão do grupo, o tal que faz corar de vergonha um qualquer Zézé Camarinha, quer seja porque fez e aconteceu quer seja porque quer fazer que fez e aconteceu, se bem me entendem.
Então eles como disse, vão até á dita discoteca e começam a ver as vistas ou seja a decoração da casa, a fixa e a móvel entenda-se, passado algum tempo e depois de um serie de trocas de olhares o garanhão diz para os amigos: “ aquela cota ali não tira os olhos de mim”, o calado sorri e o choninhas diz “ anh ? qual ? “ , “aquela loira falsa ali no bar” o calado volta a sorrir e o choninhas diz “ tens a certeza ? não tinha reparado”, “ vou até lá falar com ela” diz o garanhão , e assim foi, lá chegando…
“olá boa noite”
“boa noite” diz a loira cora com um grande sorriso
“está boa? Costuma vir aqui muitas vezes?”
“eu? Que ideia não, vim hoje por acaso com um grupo de amigas entre elas a minha neta, acredita ?“
“ não pode ser , tão jovem e já avozinha ? esta a brincar comigo “
“ a serio , olhe está a ver aquela rapariga ali de vermelho ? é a minha netinha, mas você é muito simpático, obrigado”
“de nada você é que é acredite, e muito bonita devo acrescentar” (que bem falante me saiu este garanhão)
“ vamos sentar-nos um bocado ali quer ?”diz a avozinha
“claro”
E lá foram os dois até ao sofá , aí conversa vai conversa vem diz a avozinha :
“que olhos tão bonitos e grandes”
“é gentileza sua, mas olhe assim vejo-a melhor”
“ é mesmo, e esse cabelo forte que esconde essas orelhas tão bem feitinhas”
“assim fico sem jeito mas olhe ao menos ouço-a bem”
“ahaha que giro , e deixe-me acrescentar que boca que você tem , esses lábios hummm”
“hummm assim fico com agua na boca e só me apetece comê-la”
Nisto começam numa marmelada e num amasso que só visto acabando no carro dela que estava estacionado perto.
Acabado o “servicinho” o nosso personagem regressa á discoteca enquanto a avozinha fica no carro a recompor-se e a fumar o cigarrito tão próprio da ocasião, ao chegar vai logo contar os pormenores aos amigos, “e tal assim depois assado”, nisto chega á mesa uma rapariga toda gira com uma t shirt vermelha sem mangas e com capucho e pergunta: “ olha aquela sra que estava aqui contigo onde se meteu? “ “acho que estava um bocado mal disposta e foi para o carro” diz o garanhão para o capuchinho, se calhar é melhor ires levar-lhe uma agua das pedras”diz o garanhão com um sorriso malicioso, “ se calhar é melhor mas para atravessar esta sala nem daqui a meia hora, não queres ser cavalheiro e ires comigo pela porta de trás?”, o lobo, desculpem o garanhão nem queria acreditar no que estava a ouvir e respondeu logo que sim, foi só o tempo dela ir buscar a agua e estavam a caminho pela porta de trás quando…
“e então valentão só gostas de cotas ou também tens andamento aqui para a menina? é que cotas é fácil agora aqui um filet mignon com eu não sei não, mostra lá o que vales”
O lobo ficou tão bloqueado que nem abria a boca, então mas quem é aqui o lobo? sou eu ou esta pita? “ já não devias estar na cama ó capuchinho ? é que isto aqui á noite é perigoso”, “ humm na cama não era má ideia mas aqui não há, fonix estás a sentir-te bem? Tas branco , queres sentar-te? Senta-te aqui que eu sento-me ao teu colo vá lá”, “ olha eu tenho de me ir embora e é melhor vires também lá para dentro que a tua avó já deve estar á tua procura”, “ mas que bem então afinal não tens mesmo pedalada”diz o capuchinho, nisto o lobo fugiu dali a sete pés , chegado lá dentro e com os amigos á espera de mais novidades : “ bem nem vos conto, ainda estou a tirar as penas dos dentes ali da franguinha…”
Moral da história já não existem capuchinhos como antigamente e hoje em dia as presas são os lobos …quanto aos lobos uns caçam outros são caçados e estão já em vias de extinção.
Um resto de boa noite

Wednesday, August 20, 2008

DEJA VU

Cheguei á conclusão que a motivação, inspiração ou “veia” aparece, a quem como eu tem a mania que sabe escrever, por ciclos de tempo ou por ciclos de acontecimentos sejam eles de que índole for, experienciados na 1ªpessoa ou simplesmente presenciados no lugar de um espectador privilegiado ou de um confidente no meio de umas cervejas (vinho para mim é melhor), ou no meio de alguma crise emocional em que sirvo muitas vezes para dar alguns conselhos mas, mais que isso, sirvo para dar apoio sem o meu lado critico tão criticado (lol) neste blog.
E o mais engraçado é que muitas vezes as “coisas” ou historias são tão parecidas que acho que as relações humanas andam com muito pouca imaginação, é que os acontecimentos que se passam com o fulano Y ou a fulana X no futuro vão passar-se com o fulano Z ou a fulana W, isto é que é a globalização, sem duvida.
Depois de reflectir constato que a minha falta de inspiração e as mesmas ditas historias andam de braço dado e são um deja vu, com algumas nuances, por exemplo eu que escrevo estes posts quase sempre no meio de uma noite de trabalho, está hoje a ser particularmente difícil concentrar-me, espero que não seja indicio do PDI a dar sinais de vida, eu que me inspiro no meio da confusão tststststs.
Mas voltando ás historias umas são sempre mais básicas que outras, isto para quem esta de fora e não as sente na pele, porque sentindo as coisas, é sempre diferente e passamos de espectador a personagem num ápice. Quanto a mim o segredo está em relativizar e dar o devido valor ás situações, até porque nem todas, apesar de idênticas são iguais, podemos achar que o facto dos nossos atletas olímpicos não ganharem medalhas é igual aos jogos anteriores e logo aí esta tudo na mesma mas a verdade é que não é bem assim porque se bem que os resultados sejam os que se conhecem eles andaram 4 anos a prepararem-se para depois uns acharem que as provas de manha não pode ser porque não são horas para fazer desporto e deviam era estar na caminha, outros porque o ano passado é que estavam em forma (dahhh os jogos são de 4 em 4 anos e não de 3 em 3, acorda) e outros que nem vale a pena falar, ah mas dirão alguns leitores: o que interessa é competir e participar. Pois mas isso é o lado bonito de cada um de nós a falar, a chamada essência da nossa virtude, do moral e bons costumes, o lado branco de cada acção e pensamento, em contraste com o dark side, alem disso somos só dez milhões e não nos podemos comparar com países como a China ou os EUA sem falar no Bahrain. Isto está a sair um pouco amargo, em parte em virtude da minha falta de inspiração, quiçá justificada pelas constantes entradas e saídas do segurança de serviço no meu gabinete, e também porque o que quero expor não está a sair com a fluidez que eu desejava mas tambem isso nao interessa nada.
Mudando de desporto, desculpem de tema, assalta-me uma situação ao que parece muito contemporânea, acho engraçado e caricato que alguém fique chateado/a porque o namorado/a tem o telemóvel no silencio durante a noite e esse facto só por si não quer dizer que a pessoa faça isso porque não quer ser interrompido/a e porque se calhar até é normal proceder dessa forma, mas sim porque está a esconder algo, mesmo que (segundo informação colhida no local) o namorado/a tenha proporcionado uma vivencia á outra pessoa no lugar onde vive e até convivência com os amigos dele/a em contraste com a outra pessoa,eu por acaso costumo na grande maioria das vezes durante a noite colocar o movel em silencio e de dia se sair de turno de manha tambem o faço muitas vezes mas é claro que nem imagino que alguem colocasse esse facto em causa, e aí fico a pensar: nesta historia que me contaram qualquer coisa não bate mesmo certo, acho que na realidade são capazes de estar a fazer uma tempestade num copo de agua e que a importância que estão a dar a uma situação como essa é demasiada para o que ela vale na realidade. Ou então algum deles já sofreu um trauma bem grande e o facto do telemóvel estar no silêncio não passa de um deja vu. É que claro que se calhar nessa altura paga o justo pelo pecador, digo eu claro.
Na vida de cada um de nós, e ela é tão curta e passa tão rápido, acreditem que estamos quase no Natal, e assim não resisto desde já a ser o 1º a desejar-vos um Feliz Natal, a verdade é que passam-se dias de autêntica ausência e já não falo nos dias que saio de turno ás 8 da manha e que vou dormir para voltar a entrar de noite, esses dias quase não existem, mas falo de dias de ausência dos próprios dias, falo de dias vegetativos em produção, falo de dias que julgo ter as respostas todas, quando de repente mudam as perguntas, falo de dias em que o sol só nasce do outro lado do mundo e nunca chega ao lado de cá, de dias em que todas as acções parecem que são feitas em câmara lenta tornando-as um peso enorme. Dias …
Mas nem tudo é mau, eu que sou um eterno apaixonado pelas lendas do rei Artur renovei o gosto pelas mesmas e descobri mesmo que alguns dos nomes mais usuais têm origem nos Celtas , como por exemplo Jennifer, se calhar a Aniston também é Celta, o que alem de não ser mal pensado também é ao mesmo tempo irrelevante para o caso, sim porque quer ela tenha um nome de origem Celta ou não a verdade é que é digamos extremamente agradável á vista. E assim sendo penso que será condão das Jennifers serem no mínimo “simpáticas”.
E “prontus” cantando em pensamento a musica “eu gosto é do verão…” deixo este post (eu sei nunca mais acabava, têm razão) com a esperança de que o verão apareça em força e que certos deja vus deixem de acontecer para bem e boa sanidade mental do mais comum dos mortais.
Sem ser dirigido a alguém em particular é obvio que as situações podem fazer parte do dia a dia de algum/a leitor/a.
Um resto de boa noite