Saturday, April 14, 2012

Travessia Inter-Planetária

Depois de mais uma travessia no deserto a nivel de escrita aqui no blog, por varias razoes, desde uma completa falta de motivaçao para o

fazer, passando pelo esquecimento de temas até importantes em dada altura eis-me de volta qual D.Sebastiao envolto em nevoeiro, sim

porque hoje alem de estar a chover está um belo de um nevoeiro. Tudo a condizer ao fim ao cabo. Travessia tambem, muitas vezes de um

deserto de ideias mas acima de tudo de uma cada vez maior incapacidade de me colocar nesta nossa sociedade de pseudo-valores morais

e de pseudo-posturas todas XPTO muitas vezes para ingles ver. Das duas uma, ou sou eu que não entendo a nossa sociedade ou é ela

que não me entende a mim , se bem que suspeito que neste segundo caso ela é capaz de se estar positivamente a borrifar para me

entender, sabe-se la porquê…
Uma pessoa minha amiga costumava dizer-me que era tao diferente do normal que achava que tinha sido “cagada” de um OVNI, eu pela

parte que me toca e em funçao do que já escrevi atras não creio que tinha sido expelido dessa forma pelo OVNI mas devo ter tambem

vindo aqui parar atraves de alguma forma tecnologica. Isto leva-me a pensar de que planeta provenho e já agora de que planeta essa

pessoa amiga tambem provirá, se bem que no caso dela seja facil porque é logico que só poderá vir do planeta Perfectus Et non Murallis

Currumpidas que como se sabe é da galaxia mesmo ao lado da nossa, isto é quem chega a Plutao não vira na 1ª á esquerda mas sim na 2ª

porque a 1ª esta em obras e as placas a avisar ficaram cobertas pelos aneis de Saturno. Ora esse planeta tem o condao de ter nos seus

habitantes as pessoas mais correctas do sistema solar, as pessoas mais implacaveis no exercicio da justiça do Universo, baseadas na

constituiçao mais pequena que existe cujo conteudo engloba só, note-se, um artigo que diz : art. 1º e único- “…não falharás, nem

admitirás que falhem…”. Fantastico.
Note-se tambem que esses habitantes são pessoas que baseiam a sua postura na vida , e não se pode comparar as nossas 24 horas de

vida diaria terrenas com as deles ate porque nós dormimos muito , muitas vezes até a horas improprias para aproveitar o dia lindo que já la

vai, mas dizia baseiam a vida intelectual em estimulos provenientes das mais estranhas influencias, quer sejam elas de outros habitantes

desse planeta ou mesmo de algumas musicas de James Morrison ou da Adele (brrr ate aqui me persegue já não basta na comercial, rfm etc

etc) entre outras …Turning Tables é exemplo e é pragmatico, e nada como virar umas mesas de vez em quando.
Eu por outro lado devo provir do planeta Imperfectus Et Sem Murallis, que como se sabe é mesmo ao lado de Marte a seguir á

circunvalaçao de Mercurio entrando na Via Lactea para desta forma não se pagar portagem. Este planeta é em todos os aspectos um

desastre a nivel de formaçao civica, 1º porque os habitantes teimam em errar na vida, quase parecido com os humanos, mas, e pasme-se,

querem que os desculpem!!!! Ora isso não pode ser de forma alguma, só nestas cabecinhas é que se pode pensar que se anda de erro em

erro e tem que se desculpar, mesmo que muitas vezes não errem assim tanto, mas la está, sem desculpa possivel, uma vez… ok, duas… ok,

tres… ui , quatro… vai dar banho ao cão e não apareças mais, não mandes sms, nem me procures nunca mais quer no trabalho quer em

casa.
2º porque estes habitantes acham que a costela humana que têm, (porque ainda são primos em 2º grau desses habitantes da Terra cujo

caminho para lá nem vou dizer porque esta sempre em obras e em adjudicaçoes para as mesmas e depois é muito perigoso porque entram

em derrapagem , não as naves para irem lá mas as ditas obras),lhe dá o direito de desculparem muitas coisas, muitas atitudes menos

correctas mas que têm o valor que têm, mas acima de tudo acharem que o lado sentimental é sempre bem mais importante, e que quando

se gosta de alguma coisa ou de alguem de forma honesta consegue-se com o tempo que a outra pessoa sinta isso de forma intensa, leal,

real e para sempre. Mesmo que a dada altura se tenha errado, pouco ou muito.
3º porque estes habitantes acham que têm sempre direito a novas oportunidades, não as do ensino Socratiano , mas novas oportunidades

na vida, coisa que como se sabe só seria possivel se eles estivessem a pedi-las a algum habitante do planeta O Meu Amorris Et Superioris

Et Clarus Descupuls mas Non Falhes de Novus, um planeta que já devem ter reparado tem um nome enorme mas de onde nasceram

pessoas tao conhecidas como Romeu, Julieta, Tristao, Isolda, e suponho uns Aristogatos alem da Dama e do Vagabundo que foram

vistos a comer esparguete.Curioso elas sao sempre Damas e nós Vagabundos...
E pronto aqui ficou mais um bocadinho do muito que ate tinha para dizer mas que a dada altura me desviei qual cometa em elipse. Espero

que nenhum habitante destes planetas me processe por estas linhas que escrevi e irei voltar ao tema num proximo episodio onde iremos

visitar o planeta, Sem tis no Meu Caminhus a Felicidade Et ali ao Ladus…acham...
Um resto de boa noite e logico e obvio que este post não é dedicado a alguem em particular.

Saturday, October 01, 2011

CONVERSAS COM A LUA

Psiuuuuu, psiuuuuuu, ouvi eu enquanto passeava numa destas noites quentes de final de verão, passava da meia-noite, as ruas desertas de gente e a ausência de barulho fazia com que o som das cigarras se tornasse incrivelmente alto, em certos lugares mesmo ensurdecedor, psiuuuuuu, psiuuuuuu, continuava, olhei e olhei e não se via ninguém, por momentos pensei que seria uma das cigarras a tentar falar comigo, -psiuuuuu sou eu olha para cima
- olá lua á quanto tempo não falamos
- é verdade e como andas ?
- bem, sempre bem
- hummmm mas olha que cá de cima não me parece isso
- isso é da distancia que deturpa o que se vê, principalmente o que não se vê, alem de que como não me falavas á tanto tempo não me parece que estivesses muito preocupada
- não te falava mas via-te sempre que deixavas que isso acontece-se
- mas não te preocupes esta tudo bem, sempre bem
- nunca mais li nada teu, alguma razão em especial ?
- alem da motivação ou neste caso desmotivação nada de mais, ate porque para escrever como sabes tenho de ter algo para dizer e isso não tem acontecido, tudo gira á volta dos mesmos deja vus, das oportunidades que já não voltam, das tentativas que não passam disso mesmo e que não representam já nada, ou algo tardio, ou algo que não vale a pena
- será ? mas escreves para ti ou para alguém te admirar ?
- escrevo para mim, é a minha forma de desabafar, mas confesso que gostava de ser admirado, já vi alguém escrever sobre Kant, ou melhor fazer um copy past googleano sobre o filosofo e ser questionado com um quê á mistura de admiração, sobre se isso que tinha escrito seria colocado depois de uma longa reflexão sobre o tema ou seria expontaneo
- e a ti não ?
- não, mas na boa, também não interessa para nada. E tu novidades?
- nada de novo, a minha vida aqui é muito limitada, passo o tempo á espera do próximo eclipse para poder estar junto com o Sol, e vou ouvindo as confissões dos apaixonados aí na terra
- isso ainda existe ?
- nem parece uma pergunta tua, que se passa contigo deixaste de acreditar ?
- deixei, é utópico, dá trabalho e não compensa no final, porque com culpa tua ou não o desfecho acaba invariavelmente sendo o mesmo, a amargura toma conta de nós e ficamos reduzidos a meia dúzia de pensamentos inebriantes neste nosso limbo de fantasias onde de vez em quando mergulhamos
- e vives bem assim ?
- tento viver, sabes quando olho para ti consigo ver as tuas cicatrizes, mesmo da terra são visíveis a olho nú, as minhas não são mas estão cá bem marcadas, algumas são crateras bem maiores que as que se vêm em ti
- e as que não se vêm ? ou achas que as minhas são só as visíveis ?
- acho que não, mas achas amiga Lua que quando olham para ti estão interessados no teu interior? Não estão, falam só se estas numa fase, nova, ou cheia, etc, comigo passa-se o mesmo, olham e vêm se tenho o cabelo curto ou grande, se estou bem vestido ou não, etc, olhar para dentro de nós com olhos de ver dá muito trabalho, e ás tantas com estes modernismos todos já nem se usa
- e então juntas-te a eles e fazes o mesmo e deixas de acreditar na tua essência ?
- essa é uma boa pergunta á qual não te sei responder
- mas eu sei, és incapaz de mudar, serás sempre um menino grande, idealista com uma vontade enorme de fazer bem mas que também erra mesmo que não seja para prejudicar alguém de forma gratuita
- já acreditei mais nisso sou sincero
- e o que te fez deixar de acreditar?
- os meus erros não perdoados, o egoísmo das pessoas etc
- não deixes de acreditar José, o dia de amanha de certeza ainda te vai trazer alegrias, ainda vais ver que a tua luta constante, que tu julgas qual Don Quixote contra moinhos de vento, acabará por se revelar bem real, e nessa altura sorrirás e pensarás que todas as lágrimas derramadas foram por uma causa justa
- são palavras reconfortantes as tuas mas suspeito que não passem disso mesmo, palavras, meras palavras, e essas o vento leva-as
- não são palavras de ocasião são sentidas e lá no fundo eu sei que acreditas ainda nelas, daqui a mais umas horas o meu amado irá aparecer e sorrir para ti, irá iluminar-te e fazer uma manhã resplandecente, enquanto eu estarei no outro lado do mundo a reconfortar alguém que como tu e mesmo que não queira admitir será sempre alguém que acredita
- mais um dia será então amanha, e talvez acredite que possa ser diferente, vou tentar dormir e pensar que sou uma pessoa de sorte em ter-te como amiga
- sorte tenho eu , dorme bem José
Assim fui para casa novamente ao som das cigarras a pensar na Lua, é preciso ter-se um amor enorme para estar tão perto do Sol e só lhe poder tocar de tempos a tempos, olha-lo querer senti-lo e limitar-se a sonhar…és linda Lua

Thursday, March 31, 2011

Cansado

Ando cansado. Cansado de tanta coisa, de tantas mentiras, meias mentiras, de verdades de meias verdades, cansado do vazio, do vazio em que se entra quando se anda á deriva. Acho que vou começar a fumar. Invejo os fumadores porque tenho a sensação que sempre que não estão bem ou estão com algum problema ou simplesmente tensos e inquietos puxam do cigarro e a “coisa” parece que atenua, eu que não fumo, ainda, não tenho nada que atenue nas mesmas condições. Faz mal, mata, que irónico, eu nunca fumei e um dia também irei percorrer esse caminho, por outras causas ou pelas mesmas, não interessa para o caso. Curioso que á uns anos atrás tive inconscientemente, uma forma de vida quase auto-destrutiva e nada de mal me aconteceu, nem sei se retirei alguns ensinamentos disso, gosto de pensar que serviu para me equilibrar na vida, coisa que sinceramente hoje em dia não faço a mínima ideia do que seja. Devo estar a ficar velho. Estou a ficar velho. Gosto de dizer que os meus cabelos brancos me dão charme, como dão a um qualquer actor (não gosto de escrever ator) de Hollywood, mas a verdade é que me pesam imenso. Estou cansado. Nunca tive oportunidade de perdoar na vida, sempre foram, foi, tudo tão correcto comigo, poucas são ao mesmo tempo, as situações que eu não tive perdão, porventura porque foram, são, as mais importantes. Mas gostava de o obter confesso. Ao fim ao cabo quem nunca errou na vida que depois não procure o seu perdão? Não sou diferente nisso. Sinto-me cansado. Ia escrever, “quem não me conhece” mas mudei de ideias e vou reformular: quem priva comigo, conhecendo-me ou não, á muitos anos ou á segundos, tem a ideia de mim como uma pessoa cheia de força de vontade, de ideias fixas, carácter delineado e valores morais bem vincados, ou exactamente o contrario, dependendo das situações claro, já passei por tudo isso quer a nível familiar quer a outro nível e garanto que a sensação não é muito boa, mesmo partindo do principio que os extremos acabam por se tocar e unir, fico sempre com a ideia de que sou um misto do palhaço pobre e de um grande estadista, modéstia á parte e com as devidas e largas percentagens de desconto. Palhaço pobre porquê? Se bem me lembro quando fui ao circo havia o sketch do palhaço rico e do pobre, o pobre toda a gente gosta dele mas ele nunca na vida irá reluzir debaixo dos holofotes como o rico, até porque quando o rico entra em cena todos os holofotes se ligam, e quando o pobre entra alguns apagam-se e tudo fica mais escuro. O palhaço pobre faz sempre umas Chico-espertices ao rico, a dada altura até esta na mó de cima mas acaba sempre o rico por levar a melhor. De mim também muita gente gosta mas acaba por ser só isso mesmo e de uma forma light. Eu sei que alguns holofotes da minha vida já se apagaram e não voltarão a acender de novo, outros estão já á media luz e mais dia, menos dia acabarão também eles por se apagar. Tudo acabará por ficar em memórias umas boas, outras más, outras nem uma coisa nem outra. Os projectos inacabados, o livro sempre semi-escrito, o quadro nunca pendurado, farão parte daquele sabor esquisito na boca, tal como a mulher que se ama e que nunca voltará, reforçando o sentimento de impotência no Eu mais profundo. Estou cansado. Como consolação sinto que reverto algumas boas coisas nos descendentes e ao rever-me nelas sinto que parte da missão esta cumprida. Comprido já está também este desabafo, cumprida está também mais uma etapa neste carrocel de sentimentos obtusos e tantas vezes confusos. Engraçado que sem nunca “a” escrever “a” palavra está patente em todas as frases deste texto…a palavra é Tristeza, claro. Sinto-me cansado…

Thursday, February 17, 2011

Quando...

QUANDO AS ONDAS DO MAR TE TOCAREM...
QUANDO O SOL TEU CORPO AQUECER...
QUANDO AS ESTRELAS TEUS LÁBIOS BEIJAREM...
ESTARÁS PRONTA PARA RECOMEÇAR A VIVER...

QUANDO TE SENTIRES SOLTA E COM VONTADE DE GRITAR
QUANDO CHORARES SIMPLESMENTE...POR CHORAR
QUANDO A VIDA QUISERES SENTIR...
ESTARÁS PRONTA PARA RECOMEÇAR A AMAR...

QUANDO PASSEARES PELA PRAIA EM SOLIDÃO
QUANDO OUVIRES AS ÁRVORES A CANTAR
QUANDO A CHUVA CAIR NA TUA IMENSIDÃO
ESTARÁS PRONTA PARA RECOMEÇAR A SONHAR...

QUANDO NAO TIVERES MEDO DO QUE SENTES
QUANDO A NOITE SE FIZER DIA NO TEU CORAÇÃO
QUANDO DISSERES AO AMOR QUE O ENTENDES...
ESTARÁS PRONTA PARA UMA NOVA ILUSÃO

MAS...ENQUANTO ESSE DIA NÃO CHEGA...
...NAO TE LIMITES A ESPERAR
PELA NOITE...PELO MAR...PELA VIDA...
SOLTA O GRITO E VOLTA...A AMAR...!!!

Saturday, January 29, 2011

Desta Vez...

Desta vez não vou começar por dizer que «é sempre difícil começar um post,… desta vez não vou dizer que as ideias que tinha em mente para colocar aqui deixaram de fazer sentido ou simplesmente não me apetece falar mais nelas,… desta vez não vou dizer que tudo acaba por se repetir e que tudo parece um deja vu …
Desta vez não vou lamentar a desonestidade (é capaz de ser um bocado forte mas whatever) das pessoas eu incluido,… desta vez não vou armar-me em sr-todo-bons-valores,… desta vez não vou chorar alguém que desapareceu,… desta vez não vou lamentar alguém que se afastou,… desta vez não vou lamentar inclusive alguém que perdi…
Desta vez não vou falar no estado social que nos engana,…desta vez não me vou armar em intelectual,…desta vez não vou falar num filme maravilhoso,…e desta vez não vou sequer entrar em terrenos lamacentos ou com areias movediças, terrenos estéreis de sentimentos puros, terrenos tão áridos que nem um cacto consegue sobreviver, terrenos esses que fazem os desertos parecerem oásis e as crateras da lua esconderijos de um qualquer jardim infantil, terrenos esses minados, sem salvo-condutos e sem mapa de escapatória, terrenos em que uma bússula de nada serve pois o ponteiro gira freneticamente em círculos viciosos previamente estabelecidos por alguém sem escrúpulos (forte não é ?) ou no mínimo sem valores, terrenos onde um gps diz constantemente:” …temos pena, não pode seguir em frente…”, acabando em beleza com a frase “…final da viagem, chegado ao destino…”
Assim sendo desta vez vou falar de quê afinal?
Tenho a certeza que algures entre uns copos de Monte Velho ou Dona Ermelinda, tinto, e uns bocados de queijo da ilha, a inspiração aparecia de certeza, se quisesse ser pretensioso diria que entre uns copos de Barca Velha (vão ao Google vá) e uns pedaços de Gorgonzola (continuem no Google) a inspiração viria e neste caso muito mais sofisticada, mas não é o caso, infelizmente diga-se. Quanto á inspiração ficou conspurcada e mesmo virulenta no inicio do post, quanto ao vinho e ao queijo de momento não é possível estabelecer contacto…
Assim sendo resta-me pensar que seria bom uma pessoa olhar para a outra sem estigmas do passado, analisar o que a pessoa representa, lógico que fruto de um caminho percorrido mas sem analisar o caminho e sim o que se é. Se repararem existe uma corrente cinematográfica que consiste nisso mesmo, por exemplo o ultimo filme Robin Hood, e que donzela não suspira por ele? conta a historia antes da historia que nós conhecemos, mostra um homem cheio de defeitos e alguns valores duvidosos, mas acaba onde começa a lenda e o personagem vilão torna-se num herói, o patinho feio vira cisne e de certeza, ninguém questiona de onde veio ele e o que ele era mas sim o que ele é e o que representa.
Será uma perspectiva light ver isto desta forma? Será conveniente? Será uma fuga para frente? Não me parece, pelo contrário, parece-me sim o reflexo de um caminho percorrido reflectido na actual conduta.
Tudo tretas, tudo balelas, tudo utopia e mais uns “tudos”, pensarão muitas pessoas que possam ler isto (que optimismo), mas a verdade é que tendo ou não na vida real esta posição, aqui na escrita, neste universo ilimitado de palavras onde a imaginação é o limite, posso ser, e pensar que sou quem eu quiser, um Lancelot, um Don Quixote e até um Darth Vader ou mesmo um Hannibal Lector.
É esta a magia de escrever, é desta forma que me consigo transportar para outros lugares onde posso ser mais perfeito mesmo que isso não passe de um conjunto de boas intenções escarrapachadas no papel. Mas bolas ao fim ao cabo sou Só humano mais nada.
Desta vez as lufadas de ar fresco são mesmo só climatéricas…desta vez o cinzento do céu é o reflexo da alma, e desta vez vira-se a pagina e chega-se ao fim do capitulo…

Sunday, January 16, 2011

Bob Marley

Hoje e apesar de ter algumas coisas para escrever vou publicar um pensamento que nao é meu, nao pode ser sempre, até porque isto de pensar muito ás vezes magoa, vai daí, daqui neste caso especifico e concreto (tou a meter palha para o texto ficar maior), lembrei-me de um texto que vi no facebook e que achei muito interessante. nao sei se o autor estava sob influencia de alguma substancia licita ou ilicita mas a verdade é que achei muito profundo e sempre muito actual.
Tomei a liberdade de alterar o "she" pelo "he", espero que nao arranje problemas com os direitos de autor,ao fim ao cabo só alterei uma letra... (sim vao lá verificar lol), e aqui fica entao :

You may not be he’s first, he’s last or he’s only, he loved you before, he may love you again, but if he loves you now, what else matters? He’s not perfect-you aren t either, and the two of you may never be perfect together, but if he can make you laugh, cause you to think twice, and admit to being human and making mistakes, hold on he and give him the most you can. He may not be thinking about you every second of the day, but he will give you a part of him that he knows you can break-his heart.
So don t hurt him, don t change him, don t analyze and don t expect more than he can give. Smile when he makes you happy, let him know when he makes you mad and miss him when he’s not there.

Bob Marley

Um resto de bom dia

Monday, December 13, 2010

A VIDA COMO PALCO

Por muito que, e durante meses a fio, tente colocar a armadura de senhor-está-tudo-bem, a grande verdade é que as coisas não se passam necessariamente dessa forma.
Talvez potenciado pela época que se aproxima e pelas ausências que nesta altura do ano se fazem ainda mais sentir, começo a ficar cada vez mais triste pelas outras ausências que de repente se anunciam.
Não sou velho e no entanto começo cada vez mais a ter saudades do antigamente, ter saudades do relativamente antigo, ter saudades até de ontem.
Talvez esteja a ter alguma crise existencial, talvez, ao fim ao cabo também tenho direito a isso. Se existem pessoas que estão em crise 12 meses por ano eu também me posso dar ao “luxo” de algumas vezes passar por essa dita crise, ou então como já me disseram varias vezes é a crise da meia idade, seja qual a idade parâmetro para tal e nesse caso deve ter um intervalo enorme porque já oiço isso faz uns anos, além de que deve ser difícil dizer a alguém no inverso que já tem a idade completa.
Quantificar esta situação é no mínimo estúpido, da mesma forma que qualificar a mesma é um exercício de todo ilógico devido á subjectividade da mesma que varia de certeza absoluta de pessoa para pessoa, inclusive para quem esta do outro lado a meio caminho de me dar uma palmadinha nas costas e dizer que o dia de amanha é melhor de certeza. Esta própria situação variará de certeza, também, com o estado de espírito da mesma, ou seja tenho de em 1º lugar mais uma vez arcar com a minha crise, porque é só minha, e além disso as outras pessoas também já têm os problemas delas como ás vezes deixam isso bem vincado, com algum comentário em rodapé de: é um “deja vu”, ou “nada que não tenhas feito antes”, ou “nada de novo”.
Acontece que existe sempre algo de novo em cada situação destas, sem falar na amargura das mesmas, é sempre novo o facto, em contraste com a reacção das pessoas, de me sentir cada vez mais impotente para dar a volta ás mesmas, eu que sou um optimista por natureza, ou no mínimo ostento uma capa que me fortalece dessa forma e me facilita o dia a dia.
Mas sinto…
E se na maioria dos casos consigo digerir as situações, caindo até no erro de deixar que as pessoas pensem que é este o tipo de vida que quero e que todos os sacrifícios que alguém faça na vida me passam ao lado, outras alturas não consigo disfarçar e a tristeza apodera-se de mim qual sanguessuga em busca de sangue quente.
Ao fim ao cabo sou humano, com todos os meus defeitos e algumas pequenas virtudes, lógico que mesmo estas premissas são mais valorizadas ou desvalorizadas em função dos olhos que as vêm, em função do grau de parentesco que as vêm, tendo a certeza que aos olhos de filhos por exemplo com, 4, 11 ou mesmo 21 anos os defeitos não são tão grandes assim e as pequenas virtudes em alguns casos tornam-se enormes fazendo com que desta forma a “coisa” se atenue.
Mas não chega, o lado sentimental do humano não se cinge só ás “crias”, outras partes do sentimento também são necessárias ao equilíbrio do ser, só desta forma o quadro fica completo, só desta forma o grito silencioso que me rebenta por dentro adormece á espera de nova oportunidade que eu desejo que não surja, mas é utópico pensar assim. Quando não for por uma questão sentimental esse grito soará em mim por solidariedade com alguma história comovente ou por alguma causa perdida á partida…nem tudo tem de girar á minha volta claro.
Ser-se observador de outras histórias é como ser actor num filme com um papel minúsculo e em que o nosso nome só aparece junto com mais trinta numa altura em que o cinema já está vazio. Nem o próprio arrumador presta atenção enquanto apanha do chão os copos vazios de coca-cola e os pacotes das pipocas…
É muitas vezes, ser-se actor secundário com um papel minúsculo no grande palco da vida de todos nós.
É passar-se de actor principal a secundário com pena de se ter perdido o protagonismo ou simplesmente por deixar de se estar na moda, e ver que outros actores aparecem em cena tomando o nosso papel deixando-nos unicamente espaço para um pequeno anuncio de shampô anti-caspa.
Estou amargo? Estou desiludido? Não, simplesmente estou triste…