UMA HISTÓRIA...

"...Certas coisas não foram feitas para durar, ficam como recordação e fazem-nos ser mais espertos para a proxima vez..."
Esta frase que vi num final de um filme já a altas horas da madrugada na televisão do estado , não o aparelho em si porque esse foi comprado numa especie de vaquinha com as minhas colegas, serviu-me de enzima para contar uma "histórinha" da vida do mais comum mortal que pode deambular nesta nossa sociedade tão prodiga em servir-nos tão depressa um amor arrebatador, como tb a mais facil e leve aproximação entre duas pessoas sem qualquer carga emocional á mistura que nao seja a própria atracção carnal unica e exclusivamente para consumo humano, digamos uma forma de canibalismo requintado com muitos fluidos organicos á mistura.
Ora bem e parafraseando Era uma vez uma linda menina de pele muito branca com uns lindos cabelos pretos e uns labios cor de rosa que alem de serem carnudos lhe desenhavam na perfeiçao uma boquinha linda assim como as das bonecas que vemos num quarto de uma criança, essa menina muito bonita , a ficar mulher, tendo ainda que transportar além do fardo da responsabilidade de estar a estudar para ser alguém um dia ( sabe-se lá o que esta frase quer dizer ) tinha a acumular a esse peso o facto de estar longe de quem durante toda a vida a protegeu, a familia dela, pelo menos a matriarca da familia, tb ela da mesma profissão que ela estava a tentar seguir, e um father figure neste caso personificado pelo tio/padrinho .
Essa menina/mulher tinha contra ela , o mundo...acho que qualquer adolescente que se preze sente isso , e ela nao fugia á regra e, nao vou colocar a questão sobre até que idade se pode considerar adolescente ou não, para mim o que interessa é o facto de se sentir determinadas sensações e podemos ser adolescentes com 30 anos e velhos com 17 , mas ela sentia e isso reflectia-se (reflecte-se :-) ) numa insegurança enorme com a agravante de recorrer aos extremos para se irem compensando mutuamente (os extremos claro ) .
Essa linda menina/mulher um dia conheceu através de certas modernices um rapaz que se intitulava de Neo, qual Keanu Reaves Matrixiano, rapaz esse que tinha dentro de si além de algumas virtudes, também os mais diversos defeitos , igual a qualquer mortal dizem vocês, mas defeitos esses resultantes de uma vida já ela cheia de amargas desilusões resultantes quer da sua incompetência para saber viver dentro dos parametros normais da tal dita sociedade, quer também da responsabilidade de outras variantes ás quais ele já não tinha influência e que resolveram dar-lhe uma "ajudinha" , além disso e para fazer juz ao seu signo forte, a sua personalidade era também uma coisa digna de ser vista, ou não...
De tal forma era ele que o "simples" facto de padecer de uma doença quase incurável fazia com que isso se transforma-se umas vezes em mais força outras vezes em isolamento, afastando de um forma pensada e cruel quem de certeza gostava dele, afastamento esse também umas vezes sob a forma do desconhecimento dos outros outras para proteger quem conhecia, de um final infeliz ,quase um deja vu para esse mesmo conhecedor...
Confuso o leitor ? Não me parece está lá tudo escrito é só seguir a linha de raciocinio , mas adiante.
Então depois de se conhecerem e acelerando o processo de narração , acabam por se envolver , mas o mais engraçado é que se amam á vez, ou seja : ele ama ela, ela nao o ama mas sente quiçá a segurança e o conforto que só tem de onde vem e nao onde está, ao fim de um tempo ela procura alternativa ao amor dele e segue uma nova direcção, ele fica triste mas descobre alguém também ao fim de um tempo, entretanto a direcção dela afinal acabava num beco sem saída e vê que ele até era capaz de ser o tal...Ele que nao a esquecera deixa quem sabe a tal para voltar para ela, sendo agora a vez de ela o amar enquanto ele se fecha de forma a proteger-se e a ela também, este ciclo continua tipo o filme com o Alec Baldwin e a Kim Basinger intitulado Esta Loira Mata-me, só que neste caso era uma morena...
Ao fim de uma licenciatura dela e de uma doença ultrapassada dele , ele ,um rapaz renascido e com as suas capacidades reforçadas e ela com um futuro brilhante devido principalmente á sua capacidade de se envolver por causas justas seguem caminhos diferentes.
Porque a vida é mesmo assim pensaram alguns de vocês e o autor do texto também, porque existem "coisas" que não têm de acontecer pensaram outros e o autor do texto também, mas acima de tudo porque se fazem escolhas em determinados momentos da vida que para o bem e para o mal são irreversiveis.
Pode-se justificar legitimamente qualquer tipo de acções durante a "vida" de um casal, coisas que aparecem devido ás idades e que têm de acontecer de forma a salvaguardar um são crescimento e amadurecimento , outras devido a carências de tipo e formas variadas, outras ainda devido a diferentes formas de estar perante os mesmo factos ou situações consoante a altura no tempo e no espaço em que acontecem, mas não se pode justificar, pelo menos é a legitima opinião do autor do texto, eu, que as influências de amigos/as ou pseudo amigos/as interfiram na relação do próprio casal, mesmo que ela seja insegura como a personagem do texto e ele se faça de forte e ache que as coisas só têm o valor que se lhes atribui...
Aprender com a vida afinal não é nada de novo e é um conhecimento que nenhuma Faculdade pode ensinar, é sentir na pele e tentar não cometer os mesmos erros , mesmo que eles...se repitam :-)
Eu acho .
Espero que as personagens também tenham aprendido e sejam mais "espertas" da proxima vez e que as boas recordações que têm um do outro nunca dêm lugar ás más que também têm um do outro.
Afinal como diz o inicio do texto "...Certas coisas não foram feitas para durar, ficam como recordação e fazem-nos ser mais espertos da próxima vez..."

Correndo o risco de alguém se identificar com o relato não é dirigido propositadamente a alguém ...